Friday, July 16, 2010

Um poema do livro

Doom - Destino
Trecho do livro:
Essas imagens foram tão poderosas em 1986 que imediatamente criei uma poesia para nunca mais esquecer esse sonho. A poesia se chama “Lembrança do Amanhã” e foi escrita em junho de 1986:
Vocês sabem quem sou eu?
Alguém que numa época viveu / Pela arte estarreceu / Todo aquele que afortunadamente / A ela conheceu
Vocês sabem quem sou eu?
Alguém que a brisa do Arno envolveu / Por gélidas manhãs do frio europeu / No pesado casaco / Nostalgicamente / Se aqueceu
Vocês sabem mesmo quem sou eu?
Alguém que por cinzéis e pincéis escreveu / O plástico poema que muitas almas embebeu / Mas pouquíssimas / Infelizmente / De fato entendeu…
Mas, sério, vocês sabem quem sou eu?
Aquele louco / Que, sozinho, com lúcidas imagens teceu / O inconquistável canto que a inteira capela envolveu / Repleto de exato significado que / Laboriosamente / Na sombra permaneceu
Um dia, espero, vocês saberão quem sou eu!
E lembrarão que por aqui novamente nasceu / Aquele estranho menino que tudo esquecia / Que apenas por sua tempestuosa arte vivia / Sobre a lâmina da alucinada tensão / Que a completa solidão afia
Um dia, mas um dia mesmo, vocês saberão quem sou eu!
E recordarão aquela perturbada criatura / Que ainda assim sorria / Mas um calafrio nervoso a todos sempre trazia / Quando uma linha no branco papel descobria / Sinuosos corpos de melódica anatomia / Que o mundo negava e a mente esquecia / E aquilo de que todos duvidavam e ninguém acreditaria / Debaixo de seus olhos acontecia!
Aquela sombria presença que por Roma e Florença vivia
Ali mesmo! Naquele prédio! Perto do velho viaduto! É lá que residia!

2 comments:

  1. Cara, vc acabou de ganhar uma pizza família e uma Coca-Cola de 2 litros!!! Esse era o prêmio para o primeiro comentário no blog do meu (quase pronto) livro! :) Desde que abri a minha história no espaço público eu institui vários prêmios secretos. Eu acho a minha situação de vida tão bizarra e polêmica que é difícil acreditar nas reações de desdém ignorante ao meu redor. Será receio e medo de se aproximar de um maluco, no caso, eu mesmo? Ou será pura ignorância? Sinceramente, fico com a última opção. Todavia, o concurso segue firme:
    A primeira pizza saiu para um americano, Shawn A. Howard. Ele foi a primeira pessoa a se dirigir a mim como o próprio Michelangelo e não estava brincando!
    A segunda pizza com Coca-Cola saiu para um italiano, Claudio Parentela. Ele foi a primeira pessoa a me apresentar num espaço público: uma pequena reportagem no blog dele.
    Ainda restam três pizzas com refrigerante para sair. Mas os requisitos para os deliciosos prêmios são segredos absolutos!

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