Thursday, September 16, 2010

Vittoria Colonna, a Mônica real e as "Mônicas" dos sonhos

Vittoria Colonna
Olá, pessoal!
Depois de assistir ao meu documentário Ícaro, Contemplação & Sonho, a grande incógnita para as pessoas é o sentido da Mônica, tanto na realidade quanto nos sonhos. É evidente que não havia como me estender em explicações sobre ela no filme, mas no livro eu explico exatamente qual era o significado dela na vida real e nos sonhos. O que aconteceu em 1982-83, nos pilotis da PUC, foi que eu projetei nela a lembrança da Vittoria Colonna. A partir daí, ela já havia personificado a Vittoria no meu inconsciente e os sonhos só precisaram de uma brecha na minha mente consciente para começarem aquela impressionante sequência de imagens simbólicas, algo alucinógenas, de 1983. Essa brecha na minha consciência surgiu quando eu falei para a Mônica real (uma estranha) a tal frase em que eu admitia tê-la conhecido há quatrocentos anos. Isso mostra que existe um verdadeiro abismo entre a fantasia e uma realidade íntima confessada. Se a minha sensação com a Mônica real – ligada á lembrança da Vittoria Colonna por alguma semelhança – fosse uma fantasia, nada demais teria acontecido comigo. Porém, naquele episódio nos pilotis em 1983 teve início um verdadeiro doping espiritual e emocional que congelou a minha vida até 2008, cujo sentido ainda quero entender totalmente. O resultado visível é que não encontrei caminhos onde eu pudesse esconder a minha história para sempre.
Mas na década de 1980, quando o "acaso", em sincronicidade com o que eu vivia no íntimo, colocava a Mônica real diante de mim, eu estava sendo compelido a falar da emoção pela Vittoria Colonna e, assim, confessar a minha identidade como Michelangelo Buonarroti. Nos sonhos, a imagem da Mônica personificou, sim, a Vittoria de diversas formas, principalmente como Anima (ver C.G.Jung para compreender o conceito). O inesperado, contudo, foi o fato da imagem dela nos sonhos ter descrito mulheres de futuras relações amorosas, revelando um desconcertante caráter premonitório. A partir daí, me parece muito claro que a Mônica real nunca poderia ser a reencarnação da Vittoria, mas a ideia de que o significado dos sonhos com ela pode vir a me revelar quem é a verdadeira reencarnação da Vittoria é muito plausível. Porém, eu confesso que sempre fui relutante em tomar isso como realidade. Sempre preferi deixar o meu futuro em aberto.
O problema é que as experiências sobrenaturais que dominaram o meu dia a dia no ateliê do Méier nos dois primeiros anos (1985-1987) são muito mais radicais do que descrevo no livro, justamente para não fechar a minha realidade afetiva atual. Resumidamente, experiências no plano astral me deram a certeza de que a Vittoria Colonna ainda nem havia nascido. Eu teria, inclusive, participado da preparação dela para a sua reencarnação. Mas a intensidade do abraço que ela me deu, na sua primeira visita ao meu ateliê, foi inesquecível e me deixou com a impressão de que estaria prestes a reencarnar. Eu não vou jamais abrir tudo o que vivi só para poder me explicar, mas a ideia de que a Vittoria Colonna seria uma pessoa nascida em 1986 ou pouco depois disso é muito forte na minha cabeça, mas eu não tomo isso como uma realidade transcendente confirmada.
A pressão que sofri da outra dimensão, em 2007 e 2008, para que eu contasse a minha história e me apresentasse como Michelangelo Buonarroti rapidamente, sugere que todo o meu trabalho na produção do filme "Ícaro, Contemplação e Sonho" teria ela como a única destinatária. Se tudo o que vivi nos anos 1980 fizer sentido, ela deverá ter nascido no final daquela década e, hoje, já é adulta. Eu confesso que me pergunto muito se isso pode um dia vir a ser real, ou se seria melhor eu não esperar nada relacionado com ela e o meu passado, deixando a ideia de reencontrar a Vittoria restrita a um sentimento de transcendência. Mas o mistério é irresistível: será mesmo que a Vittoria pode já ter visto e até se emocionado com o que conto no filme Ícaro, Contemplação & Sonho? Será? Mas quem será ela? :-) Que mistério…

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