Sunday, March 24, 2013

30 anos atrás ... Universidade PUC-Rio… O Sonho do Henrique.

1983/2 (Footage 6 from Icarus, Contemplation & Dream) from MichelAngelo BuonaRoti on Vimeo.

30 anos atrás ... Universidade PUC-Rio… O Sonho do Henrique.
O primeiro semestre de 1983 foi o mais estranho, sobrenatural e bizarro de toda a minha vida. Havia uma mistura de estranheza e situações absurdas que nunca mais encontrei em toda a minha vida. Acho que parte do impacto emocional pode ser atribuído à minha pouca idade (22 anos) e à sensação de que havia algo muito grave dentro de mim para ser compreendido. Resumindo parte daquela loucura em alguns poucos parágrafos.
Na minha fase final na universidade, formei grupo com um cara bem estranho chamado Henrique. Ele já sabia que eu era a reencarnação de Michelangelo por causa de um insight que ele teve durante uma aula, em 1980. Ele estava consciente da minha identidade espiritual um ano antes do aparecimento do meu desenho clássico. E foi nessa época que ele teve um sonho comigo e o anotou em um pedaço de papel, como parte dos registros de sonhos que sempre fazia.
O momento em que me revelei a ele, mostrando meus desenhos e falando sobre a minha lembrança da Vittoria Colonna (março de 1983), foi o que desencadeou toda a situação em que estou imerso hoje (e onde certamente vou ficar para o resto da minha vida).
Na semana seguinte, ele apareceu com um pedaço de papel na mão onde o tal sonho comigo de dois anos atrás estava escrito. O sonho era uma descrição precisa da difícil situação que enfrentaríamos durante a nossa parceria em projeto da faculdade. Mas no final do sonho, as formigas (as únicas que poderiam nos salvar) faziam duas perguntas para eu responder: 1) Quando serão as próximas chuvas? 2) Quando que o Formiga (um imenso tamanduá-bandeira) vai para o sul? As formigas precisavam saber as respostas para salvar o formigueiro das chuvas e conseguir escapar dos ataques do Formiga.
No momento mais estressante do nosso trabalho no projeto, Henrique se convenceu de que forças espirituais eram a razão do nosso fracasso e colocou a culpa em mim pela oposição dessas forças espirituais. Para ele, as minhas tentativas erradas em responder as duas perguntas das formigas e encontrar o significado do sonho indicavam que eu estava com uma atitude errada em relação à minha situação espiritual da época. Por isso, o Henrique me perguntou:
- Você não teve nenhum sonho com Mônica?
(A Mônica era uma sósia da Vittoria Colonna, cuja proximidade provocou as lembranças da minha vida como Michelangelo.)
E finalmente lembrei que nos últimos dias de fevereiro de 1983, eu havia tido um sonho com a Monica. Foi apenas um. O meu sonho em poucas palavras: depois de juntar pedaços de beirada de jornal velho para compreender uma mensagem para mim, eu vou na direção da Mônica só para dizer a ela o seu nome espiritual. Mas por causa da minha emoção era impossível falar o tal nome. Então, decidi soletrar o nome, escrevendo-o no caderno dela. Primeiro, eu simplesmente escrevo "Mônica" no caderno de Monica, mas uma voz feminina muito aflita chama a minha atenção:
- Michelangelo, você tem que escrever o nome dela!!! Você sabe o nome dela!!! Qual é o nome dela, Michelangelo???
Eu paro por um segundo e digo a mim mesmo:
- Sim! Eu sei o nome dela!
Com a mão tremendo por causa da emoção, começo a escrever letra por letra: V-I-T-T-O-R-I-A C-O-L-O-N-N-A.
Depois de escutar o meu relato, o Henrique foi à loucura. Falando alto como um louco, ele declara:
- Você não vê??? O velho pedaço de papel com o sonho escrito é como um pedaço de jornal velho!!! O seu sonho descreve você mesmo tentando entender o meu sonho! Você tem que fazer algo a respeito desta garota chamada Mônica!
Depois de um momento em silêncio, atordoado com a situação, admiti que os pedaços de papel que vi em meu sonho eram o papel onde o sonho do Henrique estava escrito.

A passagem acima, descrita de maneira muito resumida, aconteceu em março, abril e maio de 1983. No final de maio, fui na direção da Mônica, no campus da universidade PUC-Rio (Pilotis), tentando entender o que as forças espirituais queriam me revelar.
O significado simbólico das perguntas das formigas no sonho Henrique:
1) Quando serão as próximas chuvas?
Esta pergunta é uma exigência em tom irônico e um alerta. Ela já prevê que um dia eu irei contar a minha história e me expressar a todos da mesma forma que fiz com o Henrique, em março de 1983. "Algo" (Deus, o sobrenatural, o que for) já sabia que eu estava decidido a manter segredo. Este esperado erro meu iria destruir a minha vida inteira (esta ideia está implícita na pergunta).
2) Quando que o Formiga (um imenso tamanduá-bandeira) vai para o sul?
Esta pergunta revela o meu destino por causa da decisão errada de não revelar aos outros que sou a reencarnação de Michelangelo. "Ir para o sul" significa encontrar a reencarnação da Vittoria Colonna, ou, em outras palavras, significa casar. A imagem do imenso tamanduá-bandeira era a minha própria descrição na vida adulta que se iniciava, como alguém que sobrevive de pequenos contatos com as mulheres, "comendo" as "mulheres pequenas", ou seja, as "formigas". Esta segunda pergunta é uma condenação a nunca encontrar uma "Vittoria Colonna" por causa da minha decisão de nunca me expressar como sendo o próprio Michelangelo.


O filme inteiro:  http://euricopoggi.blogspot.com.br/

Saturday, March 23, 2013

As sefirot "táticas" - Netzach & Hod

Aqui começa a minha mensagem secreta do passado para o meu presente reencarnado eu. Não foi por acaso que a primeira lembrança clara da minha vida italiana está ligada a este ponto. Só eu poderia entender o que está expresso através do Profeta Joel e da Sibila de Delfos porque se trata de motivos íntimos, ligados ao momento em que vi que seria impossível escapar da pintura do teto da Capela Sistina. E então decidi responder às circunstâncias de uma forma que ninguém nunca iria descobrir o que realmente fiz.
Netzach e Hod são conhecidos como sefirot "táticas", "o que significa que o seu propósito não é inerente em si, mas sim como um meio para outra coisa." Então me ocorreu que a postura correta para lidar com a pintura do Teto da Sistina deveria seguir essa ideia. Inspirado pelas sephirot Netzach e Hod, mudei de atitude perante o Papa Júlio II. Eu retratei o papa como a figura central da sephirah Malkuth, o profeta Zacarias, cujo significado está ligado ao profeta Joel (Netzach) e da Sibila de Delfos (Hod). Nesta entrada da Capela, está descrita a situação que me obrigou a aceitar o trabalho na Capela e qual seria a minha resposta artística a ela. Por um lado, eu tinha um inimigo político, Bramante, cuja influente posição próximo ao Papa não pode ser negada. Por outro lado, o desejo do Papa em me ter trabalhando para ele poderia ser manipulado até a aceitação dele das minhas ideias.
Minha intenção secreta era criar uma mensagem que só poderia ser descoberta por mim mesmo séculos no futuro. Os mitos em torno da origem de Roma e dos romanos já tinham passado pela prova do tempo. Estes mitos eram constantemente repetidos por figuras públicas, afirmando que os fundadores da Roma antiga acreditavam ser descendentes da mítica cidade de Tróia. Neste ponto, eu idealizei qual seria a minha tática em relação à situação forçada de pintar o teto da Capela Sistina: transformá-la no meu Cavalo de Tróia.
Mas como poderia o meu futuro eu reencarnado reconhecer esta minha idéia? Lembre-se que a intenção era criar uma mensagem tão secreta que seria impossível a outros sequer imaginá-la. Então me veio à mente a figura mítica de Cassandra. Se eu puder lembrar que a Sibila de Delfos é, na realidade, Cassandra, então o resto da mensagem dependeria apenas da compreensão das minhas razões passadas como Michelangelo para chegar ao significado simbólico.
O resultado é um sucesso absoluto.
Cassandra é a minha mensagem para "Roma", mais precisamente para a Igreja Católica.
O teto da Capela Sistina foi transformada em um Cavalo de Tróia que um dia vai provocar a "destruição" da "cidade" inteira.

Referências:
en.wikipedia.org/wiki/Netzach
en.wikipedia.org/wiki/Hod_(Kabbalah)
en.wikipedia.org/wiki/Donato_Bramante
en.wikipedia.org/wiki/Cassandra
en.wikipedia.org/wiki/Malkuth

Wednesday, March 13, 2013

TIFERETH


TIFERETH
TIFERETH, originally uploaded by MichelAngelo▲.
Mais claro do que esta explicação é impossível.
Como eu disse no meu primeiro post revelando o esquema original do Teto da Capela Sistina, esta famosa imagem conhecida como "Criação de Adão" não tem nada a ver com a criação bíblica de Adão. Garanto a vocês que NÃO há espaço para interpretações livres. A associação de Tifereth com Jesus Cristo só pode ser feita para compreensão da idéia de salvação transcendente. O tema do Teto da Capela Sistina é a evolução da idéia de salvação e a narrativa visual termina em um chamado para o despertar individual, oferecendo a reencarnação como uma ressurreição para todos. Através de sinais precisos que vão muito além da cultura cristã, esta mensagem está bem clara lá.

Tifereth:
en.wikipedia.org/wiki/Tiferet

Kether:
en.wikipedia.org/wiki/Keter